A OpenAI, criadora do ChatGPT e líder no mercado de inteligência artificial generativa, apresentou uma nova família de modelos chamada o1, projetada para realizar “raciocínios em cadeia” e autocorrigir suas respostas antes de entregá-las. Diferente de versões anteriores, como o GPT-4o, o o1 é capaz de considerar múltiplos ângulos de uma questão e evitar erros comuns em outros sistemas de inteligência artificial. Isso o torna especialmente eficaz em tarefas complexas que requerem a síntese de informações, como a elaboração de estratégias de marketing ou a análise de processos legais.
Os resultados preliminares mostram que o o1 supera o GPT-4o em precisão. Em uma prova de Olimpíada Internacional de Matemática para nível de ensino médio, o o1 acertou 83% dos problemas, em comparação com 13% do GPT-4o. Em um teste de ciência destinado a pessoas com PhD, o o1 alcançou 78% de acertos, enquanto o GPT-4o ficou com 56%, aproximando-se do desempenho humano.
Embora o o1 ainda apresente falhas, o CEO da OpenAI, Sam Altman, afirmou que ele é o modelo mais avançado já criado pela empresa e marca um novo paradigma de IA capaz de realizar raciocínios complexos em questões gerais. No entanto, há um trade-off: os novos modelos podem ser mais lentos que as versões anteriores em determinadas situações.
Por enquanto, os assinantes da OpenAI terão acesso às versões o1-preview e o1-mini. Contudo, o desenvolvimento de modelos mais sofisticados exige maior capacidade computacional e, consequentemente, mais recursos financeiros. A OpenAI está buscando captar até US$ 7 bilhões de novos investimentos, visando uma valorização de mercado de US$ 150 bilhões. Entre os possíveis investidores estão o fundo MGX dos Emirados Árabes Unidos, a Microsoft e a Thrive Capital.
O MGX, lançado recentemente pelo fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala, e pela G42, um conglomerado de tecnologia local, já mantém parcerias com a OpenAI e pode se juntar à nova rodada de captação. No entanto, o envolvimento de capital árabe pode enfrentar obstáculos, devido ao aumento do escrutínio das autoridades americanas em relação a investimentos estrangeiros em empresas de inteligência artificial e biotecnologia, por questões de segurança.
A OpenAI continua sua trajetória de inovação, buscando ampliar suas capacidades tecnológicas enquanto lida com os desafios de financiamento e regulamentação. O modelo o1 representa um avanço significativo na inteligência artificial generativa, oferecendo maior precisão e capacidades de raciocínio, com o potencial de transformar ainda mais o uso de IA em diferentes setores.
Fonte:
OpenAI lança novo modelo capaz de ‘pensar’ – e busca valuation de US$ 150 bi www.braziljournal.com @2024. Disponível em: https://braziljournal.com/openai-lanca-novo-modelo-capaz-de-pensar-e-busca-valuation-de-us-150-bi/ # Acesso em: 26 set 2024.
