No Brasil, as iniciativas de desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA) estão ganhando destaque com o surgimento de novos modelos nativos. A Wide Labs, de Porto Alegre, lançou o Amazônia IA, um large language model (LLM) em português brasileiro, que será apresentado na Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Desenvolvido em parceria com Nvidia e Oracle, o Amazônia IA será oferecido em dois data centers no Brasil, com um modelo gratuito e opções pagas a preços mais acessíveis que os das grandes techs internacionais.
A empresa promete que o modelo será robusto e alinhado à Lei Geral de Proteção de Dados, utilizando vastos datasets nacionais para treinamento. A Wide Labs também planeja lançar modelos especializados em áreas como direito, comunicação e medicina. O CIO Marcelo Chapper e o CTO Rodrigo Malossi lideram a equipe, que inclui inovações como o bAIgrapher, um biógrafo de IA para pacientes com Alzheimer.
Outra iniciativa é a Maritaca AI, que desenvolveu o MariTalk, um sistema de linguagem em português criado a partir de um modelo open source. O fundador Rodrigo Nogueira acredita que a utilidade das IAs aumenta com o treinamento em dados locais, o que melhora a precisão para necessidades brasileiras.
Apesar desses avanços, o desenvolvimento de IA nativa no Brasil enfrenta desafios significativos, como a falta de profissionais qualificados e a limitação na capacidade de computação. O governo brasileiro está planejando a construção de um supercomputador para apoiar a pesquisa em IA e superar esses obstáculos.
Fonte:
IAs brasileiras começam a nascer. Capacidade de computação é o grande gargalo www.braziljournal.com @2024. Disponível em: https://braziljournal.com/ias-brasileiras-comecam-a-nascer-capacidade-de-computacao-e-o-grande-gargalo Acesso em: 29 ago 2024.